sábado, 26 de dezembro de 2015

A Cidadania Segundo Herbert de Souza ...


O cidadão é o indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade. Um cidadão com sentido ético forte e consciência de cidadania não abre mão desse poder de participação.
Ao contrário, há quem encara a cidadania apenas sob o aspecto dos direitos, visando a cobrar dos outros uma série de condutas. São esses os reivindicadores inveterados, que, normalmente, exigem que outros façam o que eles próprios não realizam. Na verdade, trata-se a cidadania de uma moeda com dois lados: cara e coroa - direitos e deveres.
Os direitos não são mais importantes que os deveres e vice-versa. As duas faces da moeda são de igual importância, sendo inseparáveis uma da outra. Não há direito sem um dever correspondente e vice-versa.
A participação ativa dos cidadãos em tudo o que diga respeito à sua comunidade é tanto um direito quanto um dever. Os cidadãos não devem omitir-se e nem permitir que alguém lhes impeça o direito de participar. Essa participação deve ser ativa, apresentando sugestões, críticas e também oferecendo-se para colaborar com outros que já estavam atuando anteriormente. Não deve haver personalismos, mas sim participação que vise o bem comum, o progresso de todos.
Cada cidadão deve imbuir-se de um sentido ético para poder participar em benefício da comunidade, sem disfarçada intenção de enganar as pessoas e, no fundo, estar trabalhando apenas em proveito próprio. Deve-se ter consciência de cidadania, ou seja, a noção clara da prevalência do interesse da comunidade sobre os interesses pessoais. Essa consciência decorre da boa formação moral de cada um, normalmente resultante das palavras e exemplos de idealismo colhidos no lar paterno.
Betinho conseguiu resumir nessa frase toda sua filosofia de vida, que foi rica de realizações em favor da conscientização das pessoas (ricos e pobres, intelectuais e analfabetos). Não são apenas os ricos e intelectuais que devem trabalhar em favor da coletividade, mas também os pobres e analfabetos. O dever é de todos, cada qual dentro das suas possibilidades.
A consciência de cidadania é a mais importante realização que um povo pode alcançar, não necessariamente decorrente da mera instrução acadêmica, mas sim resultado da maturidade do ser humano.
Uns ligam essa consciência à ideia de Religião, mas esclarecendo-se que não se trata do separatismo das seitas e religiões, conforme pregava John Lennon na sua canção “Imagine”. Trata-se de um movimento mundial, sem divisionismos nacionalistas, sem armas e a favor da Paz (com P maiúsculo) em toda parte.
Não importa quem seja apontado como seu líder máximo, nem qual sua nacionalidade, partido político ou corrente filosófica, uma vez que, acima das idolatrias e vaidades individuais, cada cidadão é o condutor de si próprio e de sua conduta e não é apenas um número na massa, manipulável e insignificante. Cada cidadão, por mais humilde que seja, é uma figura importante dentro do universo em que atua.
Ficar de fora dessa modernidade é uma das piores opções que alguém pode fazer contra si próprio, pois, apesar de estar vivo fisicamente traz a alienação moral dentro da própria cabeça.

#redeconsciente

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